30 janeiro 2006

MATÉRIA DO JORNAL DO COMMERCIO RJ

:: Mercados

Finanças

Hábito de investir não faz parte dos costumes da maioria, o que impede acesso ao mercado
Programar para investir

ANA PAULA CARDOSO E BRUNA CROCE
DO JORNAL DO COMMERCIO - RJ 30-01-2006

O brasileiro tem a cultura do empréstimo, prefere financiar, usar o limite do cheque especial, parcelar e pagar depois. Ou seja: o consumidor brasileiro está sempre postergando a dívida, mesmo que os gastos sejam maiores no futuro e, segundo especialistas, raramente pensa em poupar. Ensinar a economizar é fácil, porém poucos têm essa cultura. Na hora de poupar é impossível fugir das famosas, porém pouco colocadas em prática, recomendações: disciplina e organização.
Reverter esse hábito requer um nível de reeducação que dificilmente é alcançado com facilidade. O primeiro passo para quem quer conquistar bens materiais é definir o objetivo para o qual se está poupando. Exemplo: a compra de um imóvel não exigirá necessariamente as mesmas aplicações para a aquisição de um automóvel ou para uma viagem. O consumidor deve aprender a definir metas. Na opinião de consultores de finanças pessoais, existem questões pragmáticas que precisam ser levadas em consideração na hora de lidar com as finanças. Uma delas é definir o nível de risco aceitável para alcançar o objetivo. A primeira coisa é definir qual é o objetivo e em quanto tempo se quer alcançá-lo. Caso contrário, vira uma espécie de "promessa de ano novo", que poucos cumprem explica o professor de finanças da FGV e da PUC de São Paulo, Fábio Gallo. Outro ponto abordado por Gallo é definir qual o horizonte de investimento ideal para a conquista almejada. "Para alguém que não tem objetivo de comprar um imóvel, por exemplo, usar o fundo de garantia para a compra de ações pode ser um bom negócio. Já para aquele cujo maior objetivo é adquirir uma casa, recomendo não mexer no FGTS", aconselha o especialista. Semelhante às pessoas que são sedentárias ou as que desejam emagrecer, aqueles que pretendem começar a poupar precisam cumprir regras. "A dieta e a academia ficam adiadas para a famosa "segunda-feira" e, na realidade, nunca começam efetivamente. Muitas vezes, somente quando algo relevante acontece, como um problema de saúde, por exemplo, as pessoas são compelidas a se reeducar de forma forçada. O mesmo acontece na vida financeira. Poucas pessoas conseguem sair de uma situação desorganizada naturalmente e iniciar uma poupança", explica o professor do FGV Management, José Eroni Fernandes. Nas finanças, assim como no caso de sedentarismo, a tendência é que a organização só aconteça quando o consumidor passar situações sérias como desemprego, queda d e renda ou doença na família. Os últimos dados da Pesquisa d! e Orçame ntos Familiares do IBGE mostram que 85% das famílias brasileiras sentem dificuldade em chegar ao final do mês com sobra no orçamento. "Apenas 15% da população tem capacidade de poupança", diz Fernandes.
Para muitos, a dificuldade está em conter o consumo supérfluo. "Muitas vezes sei que não tenho dinheiro, mas mesmo assim saio para tomar chope com os amigos e coloco no cartão de crédito", diz o estudante de direito, de 25 anos, Ricardo Braga. Uma dica dos especialistas é pesar se determinada compra é necessária e analisar quanto se ganharia ao destinar a mesma quantia para alguma aplicação. "Nunca pensei nisso", confessa o estudante.
poupança deve ser item do planejamento diário
Conhecer os diversos produtos destinados a investimentos é imprescindível para aplicar com segurança. Na opinião de Gallo, a poupança deve ser tratada como mais um item de gasto da planilha financeira. "A capacidade de conseguir um bem material vai depender sempre da capacidade de poupança de cada um. É fundamental lembrar que é muito mais vantajoso poupar antes e comprar depois, do que entrar em um financiamento. Nenhum plano a prazo compensa mais do que a provisão. Mas o brasileiro não é educado para a poupança", completa o professor.Para os jovens, que moram com os pais é ainda mais fácil economizar, já que os gastos, normalmente, são poucos. Entretanto, para uma família é preciso sempre levar em consideração os possíveis imprevistos que possam destruir uma poupança. "Uma das formas mais seguras de estabilizar a reserva financeira é organizar sua forma de poupar, ou seja, criar uma primeira barreira de proteção para a poupança principal. Isto seri a conceituar duas reservas financeiras: a primeira, entre 20% e 30% do total poupado, para a qual é admissível algum saque para cobrir aqueles imprevistos naturais, mas que quebram a consistência do orçamento. A segunda seria para o restante da poupança, colocada em uma conta que só será mexida se realmente não houver alternativa", explica o Fernandes.
O assessor financeiro Jorge Luís Silva afirma que é imprescindível ter disciplina, principalmente na hora dos imprevistos . Só assim é possível evitar que o problema se torne maior que as reservas. "Nessas horas deve-se evitar qualquer tipo de empréstimo. Toda e qualquer aplicação financeira não vai render de uma forma superior às taxas de juros. Pagar juros com recursos financeiros aplicados na realidade é diminuir a rentabilidade deste recurso. Uma boa dica é tomar "emprestado" da aplicação financeira e "negociar" uma prestação de volta. Liquidar a dívida muitas vezes com possibilidade de desconto e refazer as reservas é viável", aconselha. Em momentos de crise, a postura deve ser como a de um comandante de navio. Se aparece um iceberg, desvia-se a rota. Se acontece um maremoto, pára-se em um porto seguro. Mas o norte continua lá e é preciso seguir viagem. Assim deve pensar quem faz programação financeira. Quando o obstáculo aparece, refaz-se o plano e vol ta-se para o caminho, até conquistar o que foi planejado ilustra Gallo. Muitos especialistas recomendam que o poupador economize de três a seis meses de sua renda em reservas de liquidez. Entretanto, Fernandes, da FGV Management, diz que é contra a estabelecer um percentual recomendável para todos. Segundo ele, cada pessoa deve poupar de acordo com seus objetivos e sua renda, sempre levando em conta os riscos.
Suzane Araújo - executiva "A minha vida inteira me programei financeiramente. Desde quando ainda ganhava mesada, eu já fazia desta forma: pensava no objetivo que queria conquistar, estudava quanto eu tinha para poupar e depois calculava quanto tempo eu levaria para conseguir comprar o que queria. Foi assim com o meu primeiro carro, para o qual eu comecei a juntar dinheiro antes de completar 18 anos e com salário de estagiária. Não compro nada parcelado. Se as pessoas fizessem contas, talvez também evitassem os financiamentos. Sou organizada e faço planilha de absolutamente todos os gastos pessoais. Através destes cálc! ulos, eu já desisti de, por exemplo, comprar outro apartamento mesmo tendo dinheiro para a troca. Quando botei no lápis a diferença do valor do meu apartamento em relação ao novo imóvel fiquei surpresa. Os gastos com a mudança, com eventuais benfeitorias e novo condomínio - somados à diferença a ser desembolsada - renderiam em uma aplicação o suficiente para eu comprar outro apartamento igual ao meu. Acho que o importante é dar prioridade para o que se quer conquistar. Tenho orgulho de ter alcançado por minha conta todos os objetivos materiais que almejei. Quando se coloca despesas na ponta do lápis, a gente não deixa de fazer nada, mas passa a fazer no tempo certo e mais de acordo com nossas possibilidades. Atualmente aplico a sobra do que ganho em ativos diversificados e devo ser uma das poucas pessoas que fazem projeção de gastos com Imposto de Renda no ano fiscal anterior. Com essa projeção, passei a poupar em fundos de previdência. Já consegui abater boa parte do valor a pagar d e IR, além de garantir um pouco mais meu futuro." Hilton Lopes, oficial da marinha "Não faço planejamento. Não estabeleço metas. Apenas sou comedido nos gastos. Com isso sempre consigo guardar dinheiro e cada dois ou três meses aplico este montante. Sempre prezo pela segurança então meus investimentos são em DI ou renda fixa. Como sou solteiro e não tenho filhos tenha mais facilidade em poupar. Não tenho gastos e não preciso estabelecer limites. Já consegui comprar meu apartamento. Com 23 anos comecei e trabalhar, morava com meu pai e meu orçamento sempre sobrava. Era mais fácil guardar dinheiro. Não me planejei, mas sabia que era fundamental fazer uma reserva, já que um dia eu iria precisar. Aos 29 anos casei, na época consegui comprar um imóvel com as economias que havia guardado. Hoje não preciso me preocupar com a compra da casa própria. Mas gosto de trocar de carros a cada dois anos, para isso sei que preciso de uma reserva. Se eu perceber que fiquei dois ou três meses sem ter sobra no meu orçamento começarei a me planejar. É fu! ndamenta l gastar menos do que ganhamos, só assim é possível adquirir bens ou fazer viagens, por exemplo. Normalmente consigo reservar cerca de 10% a 15% do meu orçamento, mesmo sem planejamento. Apenas não em dou a exageros, não sou consumista. Mas também não me privo de fazer as coisas que gosto Também não preciso me preocupar com previdência privada, pois sou oficial da marinha. Se trabalhasse na iniciativa privada com certeza me programaria para fazer um plano de previdência." Organize-se
Comprar um apartamento de R$ 250 mil em 10 anos: Taxa de 1% ao mês Poupar R$ 1.086,77 por mês Taxa de 1,5% ao mês Poupar R$ 754,62 por mês
Comprar um veículo de R$ 30 mil em 2 anos: Taxa de 1% ao mês Poupar R$ 1.112,20 por mês Taxa de 1,5% ao mês Poupar R$ 1.047,72 por mês
Fazer uma viagem de R$ 15 mil em um ano: Taxa de 1% ao mês Poupar R$ 1.182,73 por mês Taxa de 1,5% ao mês Poupar R$ 1.150,20 por mês.

28 janeiro 2006

JUROS ALTOS: O CONSUMIDOR PAGA A CONTA

Matéria publicada pelo jornal Odiário do Norte do Paraná 25-01-06
Juros. Analisar esse tema me faz lembrar de um antigo quadro do programa humorista Jô Soares onde seu personagem, hospitalizado em estado crítico, entubado, ouvia coisas que lhe soavam estranhas e pedia aos atendentes:”Tira o tubo”! A mensagem: é melhor morrer do que viver para ver essas coisas.
Juros, novamente é um tema que tem ocupado grande espaço na imprensa, é conversa quente nas rodas de discussões de leigos, entendidos, políticos e profissionais da área. O tema é muito caloroso e polêmico, tanto pelos conceitos econômicos quanto pela lógica popular. O que soa estranho é que sempre que se fala em juros altos, quase só se ouve da taxa SELIC, que é a que serve como referência para toda a política de juros do país. Aí a questão: E as taxas praticadas ao consumidor, estão esquecidas? Bom, isto que tem ficado à margem das discussões, mesmo porque se é difícil até para quem é da área entender, quanto mais para os cidadãos comuns que veêm a imprensa falar em juros altos, citando taxas de 17,25% ao ano, que é equivalente a 1,33% ao mês, e no seu dia a dia, paga no limite cheque especial até 8% ao mês, no financiamento rotativo do cartão de crédito, acima de 10%, e para confundi-lo ainda mais, se ele for financiar um carro, consegue taxas relativamente baixas, em torno de 1,7%.
Na realidade, não há explicação técnica convincente para tudo isso. O mais comum, é ouvirmos que é por causa da inadimplência! Realmente este é um fator a ser considerado, mas vamos ser racionais: qualquer empresário de pequeno porte, se tiver problemas para receber de seus clientes, ele aumenta os cuidados na hora de vender a crédito, porque ele sabe, se ele elevar o preço de suas mercadorias o consumidor compra na loja do concorrente. Já no mercado financeiro a lógica que funciona não é bem essa. Os bancos e instituições financeiras, como empresas competentes que são em busca de seus resultados, perceberam que as pessoas físicas em sua grande maioria possuem características interessantes: Seja por desconhecimento ou por descontrole, não estão preocupados no quanto custa o dinheiro, mas sim, se a prestação cabe ou não no seu bolso, ou em ter a sensação de um poder aquisitivo maior momentaneamente, no caso do cartão de crédito. O limite do cheque especial, tansforma-se facilmente em um pseudo complemento de renda, que fica eterno, e na realidade acaba reduzindo o poder aquisitivo, pois o pagamento mensal de juros acaba engolindo fatias consideráveis da renda da pessoa.
Esses comportamentos do consumidor são terreno fértil para o mercado financeiro que enquanto tiver quem pague essas taxas, obviamente não vai baixá-las, afinal esse é o seu negócio. Para o consumidor entender isso, realmente é difícil, o mais sensato, é procurar educar-se e buscar formas de escapar dessas ciladas do mercado, que ele se ajustará naturalmente. Certamente, apesar de que tudo isso é confuso e difícil entender, ainda não é a hora de “tirar o tubo” tal qual o personagem de Jô Soares, é hora mesmo de cuidar de sua saúde financeira que é a solução mais sensata para essa doença social brasileira.

16 dezembro 2005

QUANDO PERDER FAZ BEM!

Para os brasileiros, a melhor maneira de entender a importância de ganhar ou perder é falar de futebol. A Seleção brasileira na copa do mundo de 1982 encheu os olhos do povo, aguçou as esperanças, mas sofreu uma derrota inesperada quando todos achavam que aquele time era imbatível. Em 1986, a esperança estava renovada, mas também ficamos pelo caminho, assim como em 1990.
Em 1994 quando muitos já admitiam perder, a seleção voltou dos Estados Unidos com o título Mundial, depois decidiu a copa da França em 1998 e conquistou o Pentacampeonato Mundial em 2002.
A Persistência do Presidente Lula fez dele o primeiro operário a conquistar o posto máximo no comando do país, mas as derrotas eleitorais que ele sofreu, foram grandes lições que ao longo dos anos o fizeram entender que para chegar lá era necessário considerar também o desejo do povo em sua maioria e não simplesmente sua ideologia. Deixando de lado as avaliações de performance governamental, é certo que suas derrotas o fizeram mudar de estratégia para conquistar seu objetivo.
As lições que a vida nos dá, agem como um polimento em nossa vida, por isso precisamos estar atentos ao aprendizado que isso nos dará e não ficar simplesmente lamentando os problemas e perder a oportunidade de extrair deles, a energia adicional para mudar nossos rumos e prosseguirmos com atitudes de vencedores.
Se a vida nos dá um limão! Façamos uma limonada! Mas se você quiser pode saborear ele com casca e tudo, apreciará todo seu azedume e seu amargor. Cabe a cada um fazer a sua escolha. Os problemas existem, as derrotas acontecem, mas o equilíbrio e a atitude na hora da dificuldade, definem se somos realmente um vencedor ou um perdedor.
É notório que cada pessoa, ao escalar a montanha de seus sonhos encontra as mais diversas dificuldades pelo caminho, mas quando atinge o topo, não pode deixar-se dominar pela emoção da vitória ou até mesmo falta de preparo para estar lá, pode o deixar vulnerável, é aí que muitos perdem o bom senso, a humildade, esquecem suas origens e começam a trilhar o caminho da derrota, se ela acontecer ou não, é bom ter em mente uma grande lição: Para permanecer no topo, são necessários os mesmos princípios e valores que nos levaram até lá.
Para o verdadeiro campeão, perder é aprender, porque ele não aceita a situação de derrotado e sai em busca e conquista uma vitória maior. Para os fracassados cada derrota é um motivo pra desistir, mas para os campeões perder faz bem, nunca eles precisam passar duas vezes pela mesma lição para aprender!

02 dezembro 2005

COLHEMOS O QUE SEMEAMOS

É fácil imaginar onde reside a razão de viver de muitas pessoas, que fazem do trabalho o seu calvário. Por causa dele, em nome do sustento de um padrão de vida, da busca de um sonho, ou da aspiração de uma situação melhor no futuro, apostam e consomem todas as energias visando sempre o objetivo profissional e financeiro, sem perceber os estragos que vai fazendo pelo caminho.

Esses estragos fatalmente atingirão de uma forma ou de outra a própria pessoa, porque a rotina exaustiva de trabalho subtrai-lhe o espaço de viver em equilíbrio, curtir a vida, a família, os amigos que é a parte significativa de se viver. Com isso, a energia dispendida em excesso para dar conta de tamanho desgaste, fatalmente lhe será escassa em algum momento. Este momento, normalmente será uma época importante, onde necessitaria de reservas de energias para sobrepor as dificuldades advindas e ter mais energias que os concorrentes para superá-los e alcançar o seu troféu.

Nesse momento, o mundo profissional não tem piedade, leva o troféu quem chega primeiro, não quem gastou mais energia! Não interessa o que você produziu no passado, o que vale é sua produtividade agora! Se ela cair do padrão que a pessoa mesmo criou, e ela não der conta do recado, simplesmente o mercado o descarta e outro assume o seu lugar, sem nenhum ressentimento.

O mundo profissional não tem memória para fracassados, a não ser para servir de exemplo do que não se deve fazer. Imagino que isto não está nos planos de ninguém: focar sua vida em algo para servir a outros por contraponto do certo e do errado, mas pelo lado negativo.

Nesse momento, é que inicia o calvário real da frustração e aparece o momento que as pessoas tentam juntar os cacos que sobraram de suas estruturas e sob imensa pressão, quando não em “depressão”, se dão conta do que realmente deveria ter sido valorizado no decorrer de sua vida, só que normalmente é um pouco tarde.

Aí se percebe que por mais renegados que sejam, a família e poucos amigos é que ficam ao seu lado para estender-lhe a mão e retomar a caminhada. Agora já sobre um novo significado e provavelmente com outros valores.

Existe sempre uma hora certa de fazer as coisas certas: Agora, hoje, imediatamente, mas é cômodo deixar para depois. Você que sabe, a vida é sua!

25 novembro 2005

LIÇÕES IMPORTANTES DO LIVRO: O MONGE E O EXECUTIVO
AUTOR: James C. Hunter
Editora: Sextante



LIDERANÇA

- Você não gerencia pessoas. Você gerencia coisas e lidera pessoas!
- Líder é quem consegue envolver as pessoas do pescoço para cima!
- Poder é a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer a sua vontade por causa da sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não fazer!
- Poder pode ser vendido, comprado, dado e tomado; Autoridade não se transfere, não pode ser dada ou tomada!
- Autoridade é a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal;
- Liderar é executar tarefas enquanto se constroem relacionamentos.
- Líder não precisa satisfazer as vontades das pessoas! Escravos fazem o que os outros querem, Os servidores fazem o que os outros precisam.
- Pessoas que vivem na oposição nos ajudam a manter o equilíbrio!
- Todas as características do líder estão descritas na Bíblia, (I Cor 13) quando há a descrição do que é o amor. Para ser líder precisa saber amar as pessoas.
- CARACTERÍSTICAS DO AMOR E DA LIDERANÇA: Paciência, Bondade, Humildade,Respeito, Abnegação, Perdão, Honestidade, Compromisso, Resultados: Serviço e Sacrifício;
- Os líderes devem escolher se querem ou não dedicar-se a aqueles que lideram;
- Manipulação é influenciar pessoas para benefício pessoal; Liderança é influenciar em benefício mútuo;
- Muitas vezes queremos que nossas necessidades venham antes que as dos outros;


RELACIONAMENTO

- Muitos problemas financeiros que rompem parcerias e casamentos, na realidade são causas de relacionamento e não financeiras;
- A confiança é a cola que gruda os relacionamentos;
- Quanto você interrompe alguém que está falando com você, envia algumas mensagens negativas: Você deve acreditar que o que tem a dizer é muito mais importante; Não estava prestando atenção já pensando na resposta; Recusa-se a ouvir e não dá atenção a opinião do outro; O que o outro está falando não tem importância nenhuma;
- Nem sempre posso controlar o que sinto a respeito de outra pessoa, mas posso controlar como me comporto em relação a outras pessoas;
- O amor não é o que se diz. O amor é o que o amor faz!
- Na comunicação, uma pessoa gasta em média 65% ouvindo 25% falando, 9% lendo e 6% escrevendo. As escolas ensinam muito a falar, ler e escrever e nunca ensinam a ouvir.
- As pessoas querem muito mais atenção para o que estão falando do que para o atendimento a suas reivindicações.

LIÇÕES DE VIDA

- Não são as coisas materiais que trazem alegria na vida.Olhe a sua volta e perceba que as coisas mais importantes da vida são totalmente grátis;
- Uma vontade, é simplesmente um anseio que não considera as conseqüências físicas e psicológicas daquilo. Uma necessidade, é uma legítima exigência física ou psicológica pás o bem-estar do ser humano.
- Se dez concordarem em tudo, provavelmente, nove são desnecessários;
- INTENÇÕES – AÇÕES = NADA
- Todos os que disserem que não têm necessidade de serem apreciados, estarão mentindo também a respeito de outras coisas;
- Um general sábio falou: Um homem nunca venderá sua vida a você, mas dará de graça em troca de um pedaço de fita colorida;
- Quando você começa a procurar o bem nos outros, logo começa a encontrar coisas que nunca tinha visto antes;
- “No campo de concentração, algumas pessoas comportavam-se como porcos, enquanto outros comportavam-se como santos. O homem tem dentro de si ambas as potencialidades dentro de si mesmo: A que se efetiva depende das decisões, não das condições”
- O ressentimento destrói a personalidade humana;
- O próprio corpo se cura. Nenhum médico, apesar dos avanços da medicina, curou um osso fraturado ou um cicatrizou um ferimento;
- Nossas atitudes devem ser coerentes com nosso falar. Santo Agostinho dizia; Pregue o evangelho todos os dias, se for preciso use as palavras;
- Não vemos o mundo como ele é. Vemos como nós somos.
-Quando você nasceu, você chorou e o mundo regozijou. Viva de tal maneira que quando você morrer, o mundo chore e você regozije;
-Talvez serviço e sacrifício sejam o tributo que pagamos pelo privilégio de viver.

TRABALHO

- Gerente gaivota, é aquele que voa de vez em quando para sua área, faz barulho, às vezes come seu almoço, e desaparece....
- Pessoas que se apóiam no poder, geralmente sentem-se ameaçadas por aquelas que se apóiam na autoridade;
- Motivação é qualquer comunicação que influencie as pessoas;
- Os empregados de uma empresa trabalham para fazer o chefe feliz. Quem se preocupa em fazer o cliente feliz?


MUDANÇA E DISCIPLINA

- Disciplina, tem como objetivo ensinar-nos a fazer o que não é natural. Através dela conseguimos fazer com que o não natural se torne um hábito.

ESTÁGIOS DA DISCIPLINA E DA MUDANÇA

- Inconsciente e com habilidade – Quando ignora o comportamento e o hábito;
Neste estágio, não temos consciência da necessidade e por isso não fazemos;
- Consciente e Sem habilidade – Consciência da necessidade sem a prática;
Este é o mais comum na condução de nossa vida financeira: Sabemos o que precisa ser feito, mas não o fazemos porque nos incomoda a disciplina que o exige e assim retornamos para a zona de conforto.
- Consciente e habilidoso – Tem consciência do comportamento e o pratica com naturalidade.
- Inconsciente e Habilidoso – Já não tem que pensar para fazer, já tornou-se hábito maduro. (Ex: dirigir carro, andar de bicicleta, etc.)

Pensamentos tornando-se ações, tornam-se hábitos, hábitos tornam-se caráter, Nosso caráter torna-se nosso destino.

-Definição de insanidade: é continuar a fazer o que você sempre fez, desejando obter resultados diferentes;

30 maio 2005

O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO NO CASAMENTO

Um casal quando se casa, segundo os conceitos cristãos deveriam ser “uma só carne”, ou seja, apenas um, devido a comunhão de interesses que deve existir a partir daquele importante momento.

Cada um tem sua individualidade que no início do casamento até normalmente aceitam colocá-la do lado, em nome da doçura desse momento da vida.

Com o passar do tempo, se as coisas não forem bem cultivadas, começa a fase da reconstrução das individualidades do casal e assim, o que para funcionar bem deveria ser apenas um, transforma-se em dois.
Esses dois, nesse momento, já começam a perceber detalhes um no outro, que são diferentes do cônjuge ideal que sempre sonharam, então, cada um quer que o outro seja aquela pessoa ideal, segundo a sua forma de ver.

Nesse momento, o milagre da multiplicação acontece, porque o que conceitualmente deveria ser “uma só carne”, já deixou de ser assim pelo florescimento da individualidade de cada um, tornando-se dois e iniciando a divisão.

Quando esses dois começam a querer do outro o cônjuge ideal conforme sua opinião e seus desejos, já surgiram mais duas figuras, tornando-se quatro o que deveria ser apenas um.

Como todos esses “fantasmas” devem ocupar o espaço de apenas um, fatalmente a situação vai complicando a cada dia, podendo facilmente ficar fora de controle, porque desemboca no desejo de procurar a pessoa ideal em outra pessoa, que aí sim, potencializa o desmoronamento da sólida estrutura que anteriormente teria sido imaginada.

Esta guerra de vaidades, apesar de ocorrer com naturalidade, é de difícil convivência, mas existe uma força agregadora chamada amor, que é o elo que sustenta toda essa cadeia de problemas e toda essa miscelânea de individualidades e faz com que dentro de uma mesma casa, convivam seres individualmente tão diferentes, mas coletivamente aparentam uma fusão que só o verdadeiro amor pode proporcionar.


JOSÉ ERONI FERNANDES

29 maio 2005

O QUE É O SUCESSO?


Esta é uma questão de fácil resposta, correto? Sim, se ao respondê-la, não nos atermos a respostas rasantes, como: ter dinheiro, fama, poder, morar bem, ter o que quer, e por aí vai....

O sucesso é ter metas, sonhos e desejos e conseguir realizá-los sem nenhum prejuízo para as demais áreas da nossa vida, como a saúde, a família, amigos, e a comunidade que vivemos;

É ter um trabalho que proporcione recursos financeiros e tempo para viver e deixe reservas de energia para curtir a vida junto com as pessoas que amamos, enquanto caminhamos por esta vida;

É ter conhecimento suficiente para competir no mercado e caminhar rumo ao sucesso que deseja, sem sobrepor ninguém nem desvalorizar a capacidade dos outros;
É Marcar positivamente pelo menos algumas pessoas da sua geração para que elas perpetuem a memória de seu esforço;

É ter uma vida lastreada em caráter exemplar de viver em um mundo recheado de oportunidades para manchar nossa reputação, mas e conseguir a proeza de atravessar por ele sem se contaminar.
É ser referencial para pessoas de bem que seguem nossos passos por que querem chegar aonde chegamos, porque elegeram nosso caminho importante para elas;

È colocar outras pessoas em nosso podium, pois o sucesso do egoísta é como o Alpinista solitário, que atinge o topo sozinho e não há ninguém para fotografar ou testemunhar seu feito;

É saber que em cada momento do caminho que trilhamos, somos sustentados por uma força maior que faz com que as coisas ao nosso redor contribuam para o nosso sucesso, mesmo que às vezes não consigamos entender.

É ter fé suficiente para visualizar a saída nos momentos de dificuldades e superar obstáculos intransponíveis para a grande maioria.

É saber que sucesso não é um alvo, mas sim uma combinação de degraus conquistados com euforia até que possamos atingir o topo, com maturidade e forças suficientes para enfrentar com as mesmas condições, outros desafios.

O Sucesso mesmo, é estar vivo para curtir todas as conseqüências positivas de nosso esforço para atingi-lo, junto com as pessoas que amamos e aquelas que nos amam.

Sucesso então, é ter uma vida equilibrada entre o viver, o realizar, o conviver e o crescer para a busca do transcender, que é a imaterializarão do valor de uma vida com significado.

Viver é curtir a vida, saber o caminho a ser traçado, curtir seu trajeto, as flores e os espinhos e aprender todos os significados que o presente e o passado nos ensina para chegarmos ao futuro.

O realizar é fazer do nosso trabalho, apenas um instrumento para atingimos os objetivos, e conseguir fugir na pressão da vida moderna que quer nos conduzir ao mundo insignificante de quem faz do trabalho seu único objetivo. Dessa forma, realizar é produzirmos algo maior que cifras materiais para nós e para terceiros, é produzir realizações pessoais para nós, para os que nos cercam e para as pessoas de nosso círculo afetivo.

O Conviver, é compartilhar a vida com a família, amigos e a comunidade que vivemos. Cada um ocupando o espaço de tempo certo pela sua escala de importância.

Crescer é a busca constante pelo aprendizado, seja na escola, na vida ou na busca autônoma de crescimento. É conseguir usar a inteligência com que nascemos, para transformar o conhecimento que adquirimos em sabedoria, que é o que todos sonham em conquistar. Podemos detalhar isto dizendo que inteligência é como saber dirigir o carro, conhecimento é como saber pilotar, porque já demanda treinamentos e técnicas a serem adquiridas, e sabedoria é a perfeita combinação das duas anteriores para tornar-se um campeão.

Enfim, transcender, podemos ampliar sua análise em duas frentes: a primeira diz respeito a outras pessoas, que é marcar positivamente a vida de pessoas, podendo atingir a geração em que vivemos e até as vindouras; A segunda, diz respeito a nós mesmos, quando nos referimos à nossa espiritualidade, é principalmente viver liberto do momento do fim! É ter paz em vida em relação à morte, é saber que naquele momento em que transpassaremos a barreira do desconhecido Tenhamos a certeza que nossas escolhas em vida não nos trarão nenhuma surpresa desagradável.

Sucesso então, é extrair e saborear a essência da vida. Isso infelizmente apesar da busca, não tem privilegiado a todos, tal como as flores, são belas, todos podem observar e curtir sua beleza, mas seu extrato mais profundo é só para abelhas, borboletas e beija flores e mais alguns poucos privilegiados.
José Eroni Fernandes