16 dezembro 2005

QUANDO PERDER FAZ BEM!

Para os brasileiros, a melhor maneira de entender a importância de ganhar ou perder é falar de futebol. A Seleção brasileira na copa do mundo de 1982 encheu os olhos do povo, aguçou as esperanças, mas sofreu uma derrota inesperada quando todos achavam que aquele time era imbatível. Em 1986, a esperança estava renovada, mas também ficamos pelo caminho, assim como em 1990.
Em 1994 quando muitos já admitiam perder, a seleção voltou dos Estados Unidos com o título Mundial, depois decidiu a copa da França em 1998 e conquistou o Pentacampeonato Mundial em 2002.
A Persistência do Presidente Lula fez dele o primeiro operário a conquistar o posto máximo no comando do país, mas as derrotas eleitorais que ele sofreu, foram grandes lições que ao longo dos anos o fizeram entender que para chegar lá era necessário considerar também o desejo do povo em sua maioria e não simplesmente sua ideologia. Deixando de lado as avaliações de performance governamental, é certo que suas derrotas o fizeram mudar de estratégia para conquistar seu objetivo.
As lições que a vida nos dá, agem como um polimento em nossa vida, por isso precisamos estar atentos ao aprendizado que isso nos dará e não ficar simplesmente lamentando os problemas e perder a oportunidade de extrair deles, a energia adicional para mudar nossos rumos e prosseguirmos com atitudes de vencedores.
Se a vida nos dá um limão! Façamos uma limonada! Mas se você quiser pode saborear ele com casca e tudo, apreciará todo seu azedume e seu amargor. Cabe a cada um fazer a sua escolha. Os problemas existem, as derrotas acontecem, mas o equilíbrio e a atitude na hora da dificuldade, definem se somos realmente um vencedor ou um perdedor.
É notório que cada pessoa, ao escalar a montanha de seus sonhos encontra as mais diversas dificuldades pelo caminho, mas quando atinge o topo, não pode deixar-se dominar pela emoção da vitória ou até mesmo falta de preparo para estar lá, pode o deixar vulnerável, é aí que muitos perdem o bom senso, a humildade, esquecem suas origens e começam a trilhar o caminho da derrota, se ela acontecer ou não, é bom ter em mente uma grande lição: Para permanecer no topo, são necessários os mesmos princípios e valores que nos levaram até lá.
Para o verdadeiro campeão, perder é aprender, porque ele não aceita a situação de derrotado e sai em busca e conquista uma vitória maior. Para os fracassados cada derrota é um motivo pra desistir, mas para os campeões perder faz bem, nunca eles precisam passar duas vezes pela mesma lição para aprender!

02 dezembro 2005

COLHEMOS O QUE SEMEAMOS

É fácil imaginar onde reside a razão de viver de muitas pessoas, que fazem do trabalho o seu calvário. Por causa dele, em nome do sustento de um padrão de vida, da busca de um sonho, ou da aspiração de uma situação melhor no futuro, apostam e consomem todas as energias visando sempre o objetivo profissional e financeiro, sem perceber os estragos que vai fazendo pelo caminho.

Esses estragos fatalmente atingirão de uma forma ou de outra a própria pessoa, porque a rotina exaustiva de trabalho subtrai-lhe o espaço de viver em equilíbrio, curtir a vida, a família, os amigos que é a parte significativa de se viver. Com isso, a energia dispendida em excesso para dar conta de tamanho desgaste, fatalmente lhe será escassa em algum momento. Este momento, normalmente será uma época importante, onde necessitaria de reservas de energias para sobrepor as dificuldades advindas e ter mais energias que os concorrentes para superá-los e alcançar o seu troféu.

Nesse momento, o mundo profissional não tem piedade, leva o troféu quem chega primeiro, não quem gastou mais energia! Não interessa o que você produziu no passado, o que vale é sua produtividade agora! Se ela cair do padrão que a pessoa mesmo criou, e ela não der conta do recado, simplesmente o mercado o descarta e outro assume o seu lugar, sem nenhum ressentimento.

O mundo profissional não tem memória para fracassados, a não ser para servir de exemplo do que não se deve fazer. Imagino que isto não está nos planos de ninguém: focar sua vida em algo para servir a outros por contraponto do certo e do errado, mas pelo lado negativo.

Nesse momento, é que inicia o calvário real da frustração e aparece o momento que as pessoas tentam juntar os cacos que sobraram de suas estruturas e sob imensa pressão, quando não em “depressão”, se dão conta do que realmente deveria ter sido valorizado no decorrer de sua vida, só que normalmente é um pouco tarde.

Aí se percebe que por mais renegados que sejam, a família e poucos amigos é que ficam ao seu lado para estender-lhe a mão e retomar a caminhada. Agora já sobre um novo significado e provavelmente com outros valores.

Existe sempre uma hora certa de fazer as coisas certas: Agora, hoje, imediatamente, mas é cômodo deixar para depois. Você que sabe, a vida é sua!